quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

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Lá fora está chovendo, aqui o ar denso, aquele que me afoga em profundas lembranças.
Do hoje tenho saudade, do amanhã anseio [talvez], vivemos todos dessa mesma maneira?
Triste seria se o amanhã fosse apenas um perfeito reflexo do ontem.
Dias escorrem como lágrimas inesperadas.
Sejamos crentes em nossos instintos e deixemos que a vida nos leve para o caminho desejado, caminhos cinzentos iluminados pela esperança.
A chuva acaba, e o ar continua denso.
O silêncio. Escutar o silêncio, o fiel e confortante silêncio.





[Postado só porque Litha achou bonito].

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Mortos pelo egoísmo.

Mortos pelo egoísmo
Somos obrigados a crer naquilo que não acreditamos
Conduzidos a não pensar
E ser molde de uma sociedade manipuladora.
Tentamos não aceitar a verdade absoluta
Mas nossos gritos são abafados pela tirania do poder.

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Mortos pelo egoísmo
Estamos mergulhados na revolta
Resta à minoria vencer
Lutando por uma guerra sem sentido
Numa espera sem fim.

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Mortos pelo egoísmo
Fuzilados pela injustiça
Massacrados pelo ódio

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Mortos pelo egoísmo
Apenas salvos pela esperança
Esperança de que os que ainda estão por vir
Possam mudar o triste futuro que os aguarda
E aí quem sabe, ter um final feliz.

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[Isto está postado no eu flog já, mas coloquei aqui só pra registrar =) ]

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Último suspiro.

O corpo clama pela esperança abatida. A última batida de seu coração teve como uma música de fundo o tiro disparado daquela arma.
O sangue foi escorrendo por aquele corpo mutilado de lembranças escuras. O seu último grito foi de dor, dor por saber que tudo o que sonhou foi pisoteado junto aquela montanha de corpos em sua frente.

Corpos esses, que, como o seu persistia em um último suspiro. Alguns aspiravam a derrota, ele a usava para lutar até o fim. Ao cair, avistou uma flor, essa, que emanava pureza que nunca virá em sua vida. “Como pode nascer em um lugar tomado pelo ódio?”. Então se lembrou que o mundo nem sempre foi daquele jeito, deu-se por perdido desde que o homem nele apareceu.

Sua alma gritava por piedade, queria sair de seu corpo e ir para um lugar que encontrasse a paz. Usou suas últimas forças para sentir o cheiro que a flor exalava, guardou-a em suas raras boas lembranças e disse “Tornaremos a nos encontrar onde não há trevas”.

domingo, 30 de setembro de 2007

Ninguém a ouviu.

As palavras ecoam em sua cabeça fazendo com que perca seu precioso sono. Olha pela janela e vê que o céu ao contrário dela está imerso em seus mais belos sonhos, suas estrelas mostram isso com o brilho que elas exalam. A cada olhar lançado para o céu, uma palavra é exaurida a sua mente.

Cansada de tentar se acomodar, ela saí de seu refugio de palavras e se esconde nas lembranças de sua alma, um lugar que está cheio de buracos, curvas perigosas e ruas sem saídas.

Decide então transformar esse caminho em palavras; “Quem sabe me sinto mais segura?”. Palavras desconhecidas cintilam se tornam idéias de uma mente cheia de paranóias, sendo essas de uma pessoa cheia de dúvidas e incertezas.

Não consegue parar, e percebe que entrou em uma daquelas ruas sem saídas de suas lembranças. Quando da por si folhas e mais folhas estão cheias de suas pseudo-esperanças, jorradas, em forma de vocábulos inesperados com tentativa desesperada de ser ouvida.
...Tentativa desesperada de se entender