sábado, 24 de janeiro de 2009

Ser historiadora ou egenheira, eis a questão.

Os podres do capitalismo estão sempre aparecendo, e faz questão de aparecer também na minha vida (cuidado!). Vou compartilhar com todos meu atual dilema. Neste ano terei que escolher efetivamente minha profissão, o que farei fazer a minha vida inteira, meu portfólio, meu ganha pão, e aí que o capitalismo e meu dramático dilema se cruzam.
Desde pequenos queremos ser algo, primeiro começamos com modelo/atriz ou astronauta/jogador de futebol, depois disso queremos o que todos os pais qurem pelo menos uma vez da vida que seus filhos sejam, médicos. Eu não diferente de outros já pensei em ser física, engenheira e arquiteta, mas percebi o que realmente quero é história! Sou apaixonada por essa matéria, leio a respeito, compro revistas, pesquiso e faço tudo isso por prazer, e é o que quero prestar e fazer pro resto da minha vida. Mesmo com essa certeza, tenho medo, medo de entrar no ramo e não conseguir emprego ou até uma remuneração aceitável. Sempre o dinheiro o maldito dinheiro, mesmo quando tento não me apegar esse “receio” aparece, sorrateiramente deixando vestígios.
Tem sempre aquelas pessoas que fazem questão de lembrar da questão financeira, como por exemplo, meus pais. Eles sempre me apoiaram em tudo, mas quando disse o que queria de verdade, várias rugas de preocupação que antes não existiam apareceram em seus rostos. Tudo bem que eles são querem meu bem e tal, mas para meus pais o “bem” é “seja rica!” é triste ver que essa ânsia pelo dinheiro tenha invertido tantos os valores assim, desde quando trabalhar SÓ pelo dinheiro traz prazer naquilo que se faz? É claro, no final do mês quando se vê tooooodo aquele dinheiro em sua conta, você se lembra o porquê faz aquilo, mas garanto que é algo passageiro, pois como todos sabemos, mas não lembramos o dinheiro não pode comprar tudo. Ou então pessoas que sem mais nem menos perguntam o que pretendo me formar e faço questão de responder animada “História!” e então aqueles rostos iluminados pela curiosidade desaparecem, e de repente uma expressão que mostra claramente o que eles acham a respeito vem a tona “você vai ser pobre minha filha!”, sem precisar dizer se que uma palavra.
Será que a minha paixão por história vai sobreviver a uma sociedade dirigida pelo dinheiro? E assim vou concretizando minha decisão, com rugas de preocupação e expressões indesejáveis. Não importa o quando isso pode me perseguir, vou ser bem sucedida, pois estarei fazendo aquilo que gosto, quer o capitalismo goste ou não.